O transplante de coração é uma técnica cirúrgica que implanta um coração saudável para substituir ou auxiliar o coração doente.
Hoje em dia com o avanço do conhecimento na imunologia e com medicamentos potentes contra a rejeição do órgão, os transplantados tem uma melhor condição de vida. Cerca de 2.300 americanos , em mais de 150 centros especializados recebem transplante cardíaco a cada ano. No Brasil, existem 24 centros e aproximadamente 100 pacientes/ano são transplantados, uma diferença enorme comparado aos EUA.
Existem duas técnicas cirúrgicas:
Transplante ortotópico: um coração doente é removido e em seu lugar é implantado um órgão saudável retirado de um doador.
Transplante heterotópico: O coração do doador é implantado sobre o órgão nativo, com a finalidade de ajudar a bombeamento do sangue. Concluída a operação, o paciente terá dois corações: o seu e o do doador saudável. Essa técnica é utilizada em casos em que o coração doente não pode ser removido.
EX: Quando a pressão do sangue nas artérias pulmonares são anormais e não indicam tendencias de queda aos níveis normais.impedindo assim o transplante convencional(ortotópica); poiso coração recebido não esta preparado para enfrentar essa pressão elevada após implantado, o coração por ser denervado, não tendo conexão co o sistema nervoso do organismo.
Com isso o cirurgião que realiza o transplante fica impossibilitado de realizar as conexões nervosas por serem de dimensões microscópicas.
O transplante cardíaco é indicado quando as medidas clínicas e cirúrgicas no tratamento de insuficiências cardíacas foram esgotadas, e a expectativa de vida do paciente não ultrapassa de 6 meses a 2 anos.
Pode-se dividir os candidatos a transplante em dois grupos:
Os com danos irreversíveis causados pela doença coronária sob forma de múltiplos ataques cardíacos.
Com a doença do músculo propriamente dito (cardiomiopatia).
Com o avançar dos tempos de recém-nascidos a idosos com mais de 70 anos que não entravam na lista de transplante por causa das fortes medicações passaram também a receber esse tratamento. Há vários outros como, infecções ativas, diabetes, problemas nos rins, fígado pulmões, cérebro, embolias pulmonares, doenças degenerativas e tumorais.
As complicações mais comuns são as rejeições ao órgão trasplantado ou a infecção.
A rejeição acontece porque, o sistema imunológico do organismo por meio dos glóbulos brancos reconhecem “substância” estranha e reage contra sua presença. Podemos identificar se há uma rejeição quando o paciente apresenta febre, fraqueza e batimentos cardíacos rápido ou algum outro tipo de anormalidade no ritmo cardíaco. As rejeições podem ser evitadas usando medicamentos imunossupressores que inativam os glóbulos brancos para que não ataquem o coração transplantado.Com medicações que combatem a rejeição.
A infecção é também é um problema, pois os glóbulos brancos são os responsáveis também por remoção de partículas estranhas do organismo (bactérias) quando eles são inativados pelos remédios, para que não ataquem o coração, as bactérias patogênicas não são removidas, com isso ocorre as infecções.
Para que não haja entupimento das artérias coronarianas é necessário que o transplantado faça a cada dois anos um cateterismo cardíaco (coronariografia) se houver persistência desses problemas faz-se necessário um outro transplante (retransplante). O tempo de sobrevida em um ano é de 85% e ao final do terceiro ano é de 78% contudo existem, pacientes com mais de vinte anos após o transplante.
Cirurgia de transplante de coração completa.
Fonte: DR. Jarbas J.dinkhuysen.
Fonte do vídeo: Youtube; Renato Almeida - Estratégias de Aprovação Medicina